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  • Foto do escritorZack Magiezi

Movimento de rotação e translação.

Eu nunca gosto muito das primeiras transas, é sempre um pouco estranho, uma adequação, inconscientemente tentamos impressionar quem está ali, a performance, tentar ignorar as dores musculares, o pau não pode cair, essas coisas todas são uma espécie de etapa que precisa ser superada, mas não, isso não é uma ode à rotina, a transa morosa e burocrática o gozou dormiu.


Lembro de uma situação, depois de um tempo sem me relacionar, porque eu sempre saio todo ferrado de uma relação comecei a sair com uma garota e depois dessa etapa que descrevi acima e que vou chamar de pré-nudez entramos em um lugar em que eu nunca estive, um dia começamos a nos pegar, era uma quinta-feira, ela passou na minha casa quando saiu do trabalho, o dia estava quente, nos vimos e fomos arrancando a roupa, ela tinha pernas muito hábeis e se enroscava em mim enquanto eu ainda estava em pé tentando me livrar da camiseta, beijos quentes com os dentes batendo, era tudo uma bagunça, a minha cabeça foi para a manga da camiseta, ela gosta dos pelos do meu peito em formato de redemoinhos, eu gosta da fartura de pelos pubianos que ela tinha, eu em casa com uma camiseta e uma cueca velha, ela perfumada por um dia cansativo de trabalho, lembro desse dia, pois fodemos muito rápido, lembro quando deixei a animalidade e retomei o pensamento, estávamos os dois deitados na cama olhando para o ventilador de teto girando e girando. Ela com a mão na minha coxa, meu pau mole e deitado para o outro lado, a cabeça dela deitada no meu braço dormente, não trocamos uma palavra, só ficamos ali, nus, suados, sem roupas, sem palavras, em silêncio sendo parte do movimento de rotação e translação.

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