Trago nas mãos um certo medo de tocar, exibo minhas falhas e meus medos, não é porque em mim há alguma coragem, não sou herói. Prefiro assim, não tenho muitas qualidades, mas tenho permanência. Prometi ficar, e ainda estou em lugares que foram abandonados por pessoas que disseram que ficariam para sempre.
Não sou inocente ao ponto de acreditar que alguém ficaria para sempre, mas eu fico, e, confesso que não sei se isso é algum dom, qualidade ou prisão. Somos o que somos, e isso está em mim como um órgão vital que não pode ser extraído.
Não sei existem muitos assim por aí, as pessoas disfarçam bem, vejo que todos querem trazer alguma lição, querem o aplauso, ensinam quais roupas devo usar, o que devo comer, como devo amar, eu não sei, não soa muito verdadeiro para mim. O mundo das telas não é um mundo para passos ou passeios.
Vou aprendendo enquanto navego, preciso de mais calos nas mãos, de olhos melhores para ver os perigos que sorrateiramente me cercam. Preciso de conversas, encontros e lembranças, entende?
Preciso resistir ao impulso de correr quando vejo braços abertos, esperar mensagens, ligações ou qualquer sinal, é estranho constatar isso, mas às vezes você só quer ser lembrado com algum tipo de afeto, e constatar isso é uma merda, mas é tão vedadeiro como um rosto.
Sofremos duros golpes em silêncio, todas essas palavras escritas são meus silêncios, são bonitas e tem certa pureza e como eu disse, eu gosto de exibir minhas falhas, meus medos, meus vícios. Sei que isso não interessa para essa multidão sem olhos, mas faz com que eu possa olhar pra ti querido leitor, e talvez você me prometa mais um para sempre, eu direi que sim. E ficaremos até um de nós partir, mas para você a porta sempre estará aberta.
Acho lindo essa coragem de mostrar vulnerabilidade!
Lindo!
A eterna permanência! É bom saber que ao menos teremos a nós mesmos
A vulnerabilidade está em falta!
Sempre intenso e inspirador
Belíssimo! ♥️